quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Organizando-se

Chega o fim do ano e as expectativas para o próximo ano começam a brotar de forma bagunçada em forma de enxurrada na mente, não é mesmo?

Que tal, então, começar o ano de forma organizada previamente? Estão na moda os fantásticos "planners", uma espécie de agenda personalizada que alia atividades domésticas a profissionais em um só arquivo, que pode ser impresso em casa mesmo, do tamanho que mais lhe agradar.

Existem designers que os criam e comercializam via download, e são mesmo lindos e irresistíveis, mas vou dar uma dica para quem não tem problema com um planner com títulos em inglês:

O Blog The Handmadehome disponibiliza, todo ano, um planner inteirinho e gratuito para download. Este ano em dois tamanhos A4 e A5, basta clicar nos links (destacados em azul) e imprimir ou salvar os PDFs. Tem desde a capa até planejamento de homeschooling, pra quem é adepto desta prática. E são lindos! Com opções variadas de design.

Mesmo que você não tenha um domínio do idioma americano, é possível utilizar o planner, ainda assim, colocando etiquetas com as palavras traduzidas sobre os títulos, por exemplo.

Você ainda pode optar por imprimir em casa ou numa gráfica, encadernar e encapar ou simplesmente colocar em um fichário bacana. Se optar pelo fichário, pode inclusive imprimir os arquivos conforme a necessidade ao longo do ano, minimizando os gastos do orçamento apertado do fim do ano.

Eu gostei tanto de todos os designs que imprimi as três versões disponibilizadas e criei uma agenda para cada ocupação minha: a casa e a família; o ateliê de costura e meu trabalho voluntário com amamentação.


Espero que você também divertir-se ao se organizar para o próximo ano, deixando planejado tudo o que for possível, liberando, assim, mais tempo para simplesmente curtir as coisas boas que a vida lhe trará!

Boas festas e feliz 2016!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sobre crianças reservadas e autismo

Quando eu era criança, e eu era considerada tímida, fechada, séria. As pessoas me cobravam que eu falava pouco, falava baixo, era muito envergonhada. Na adolescência recomendaram que eu fizesse curso de teatro, que ajudaria, e realmente ajudou. Passei a conseguir me relacionar melhor com o mundo, conseguia explicar melhor o que se passava na minha mente consigo conversar com as pessoas, sem ter vontade de me esconder e sair correndo, passei a aceitar a convivência com os iguais, e tive então uma adolescência normal, uma vida adulta normal.

Se fosse hoje em dia, quem aposta aí que eu receberia um diagnóstico de autismo? Porque eu evitava o contato olho a olho, porque eu não me comunicava como "esperado"?

Me assombra, a quantidade de pedagogos, insinuando que crianças saudáveis, apenas tímidas, possam ter autismo "dos mais leves" só porque preferem brincar sozinhas, do que com outras crianças, só poque nem sempre conversam quando interpeladas.

Aí apavoram os pais, e saem com as crianças a fazer um milhão de consultas e exames na tentativa de fechar um diagnóstico.

Sim, existem crianças autistas, com vários espectros de autismo, que precisam sim de tratamentos. Mas seria bom que evitassem o temporal de insinuações e indicações de algo do qual nem se é especialista sobre

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os filhos que deixaremos ao mundo

Corria o menino a brincar. De olhar atento a mãe acompanhava a certa distância segura, mas de forma a não intervir demais na imaginação do menino. Ele criava personagens e cenários fantásticos, mudava a voz e fazia ruídos tornando aquela realidade cinza e chata em um mundo colorido e mágico.  mãe observava a sorrir. Todas as dificuldades, todos os esforços, todas as dores que superara nesses últimos 4 anos passavam de relance por sua mente. Mas ao ver o resultado, aquele filho feliz e imaginativo, ela sentia a capacidade de sorrir, um sorriso quase que da alma.
Em sua cabeça, uma imagem de futuro ia se formando. Imaginava o filho a crescer e a tornar-se um cidadão generoso, pacífico, de senso crítico e olhar bondoso. Imaginava-o de diversas formas, tamanhos, idades, escolhendo profissões diversas, namorando pessoas diversas, mas uma constante: era feliz E o era, não porque assim o deseja todas as mães, mas sim porque teve seu tempo de criança respeitado para sonhar e criar livremente, aprendendo as coisas da vida a brincar.

Pensava em todos os privilégios que teve ao poder criá-lo dessa forma. Mesmo tendo que estar ausente parte do dia, mesmo tendo que trabalhar tão duro e pesadamente, e por vezes perdendo momentos incríveis, tinha uma certeza: era bem cuidado. Em sua ausência, faziam o papel de cuidá-lo de forma como ela mesmo faria se presente pudesse estar. E por isso era muito grata.

De repente, foi desperta de seus devaneios, por uma voz grossa e grosseira que dia de forma ríspida:

"Esse menino precisava era apanhar mais!"

O despertar abrupto e bruto a fez pensar que tinha mal entendido a intervenção não desejada. Com um semblante de surpresa e dúvida, ela olhou pro lado e viu aquele homem. Sofrido, bruto, carrancudo. Infeliz. E ele ao perceber seu olhar, repetiu, complementando:

"Menino tem que apanhar muito e desde cedo. Mais até do que menina. Que é pra crescer forte, virar homem!"

Por um momento, ela hesitou. Pensou em contra-argumentar. Pensou em dar um discurso filosófico abrangente com citações a referências mil, o qual estava até bem acostumada. Pensou em ofender o homem, em pegar seu filho pela mãe e tirá-lo dali, para que não ouvisse tamanho absurdo. Pensou em citar leis e normas morais. Mas, se acalmou.

Inspirou o ar profundamente, soltou calmamente pela boca. Sorriu.

 "E vc apanhou muito, foi?" perguntou ao intrometido. ao que ele respondeu afirmativamente.
 "Por isso ficou assim?" Ele olhou-a como sem entender se era um elogio "Assim como? Muito macho?" disse.
"Não, assim cheio de idéia errada, com semblante triste, de gente sofrida, com essa cara de vítima da vida! Quero isso pro meu filho, não, moço. O meu vou criar com amor pra ser uma pessoa iluminada, de sorriso franco e caridade no coração! Mesmo que não se torne forte fisicamente, será com certeza muito forte emocionalmente, que é o que importa de verdade!"
E seguiu seu caminho, ao lado do filho que nada tinha percebido do que ocorrera, pois estava em seu mundo particular.


Imagem daqui.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Brincadeiras de papelão - parte 1

Olá pessoas queridas!

Um ano se passou e muita coisa aconteceu por aqui! Tem coisa muita pra atualizar, mas hoje eu vim dar dica de brincadeira pra fazer em casa.
Agora que temos quintal, a criatividade anda rolando solta, pois afinal a inspiração é grande!

É caixa de pizza que vira escudo, ou detector de metais e até um trenó pra escorregar pelo quintal afora.

Mas a paixão das crianças aqui de casa, no momento, é um jogo de videogame chamado "The Legend of Zelda" cujo personagem principal "Link" usa uma espada, um escudo e tem também arco e flechas.


Além desse jogo, o filme que eles mais curtiram nos últimos tempos foi o "Como treinar seu dragão" e, com isso, uma das brincadeiras mais recorrentes é a de lutar com espadas e escudos. A imaginação rola solta e tudo pode virar espada (galhos, lixas de unha, espadinhas do pula pirata, varetas) e escudo (tampas de panela, tapinhas de ralo de pia).

Então eu resolvi fazer pra eles um conjuntinho de espada e escudo de papelão, pra eles brincarem sem risco de se machucarem (e sem perderem as coisas ue pegam e me deixarem desesperada procurando depois, rs).

Segue aqui o tutorial:

Você vai precisar de:
- 1 prato de papelão redondo número 6
- 1 prato de papelão retangular qualquer tamanho
- caneta
- régua
- estilete ou tesoura
- grampeador
- tintas, fitas adesivas coloridas e o que mais sua imaginação deixar (para decorar)



 Espada, passo 1:
No verso do prato retangular, desenhe uma espada. Se precisar de idéias, uma rápida busca pela internet te oferece diversos moldes. Eu fiz a mão mesmo o traçado.



Espada, passo 2:
Com o estilete, corte sobre o riscado da espada (sem separar as partes, faça uma unidade só)

Está pronta a espada. Você pode reforçar o grip com fita adesiva, para evitar rasgar.





Escudo, passo 1:
Pegue a sobra do canto do prato retangular, depois de cortada a espada e dobre as pontas.







Escudo, passo 2:
Dobre novamente, como na foto.




Escudo, passo 3:
Grampeie no verso do prato redondo, e está pronto o escudo.



Depois de prontos, você pode, se desejar, decorar com colagens, pinturas, como sua criatividade mandar.


E o prato retangular deixa espaço para pelo menos mais uma espada:

Aí é só ir pra fora brincar sob o gostoso sol da manhã! Iá!