segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Maternagem Minimalista parte 1

Há algum tempo vejo rolar um movimento tímido entre as mães de grupos virtuais dos quais faço parte que tende para o minimalismo da maternagem.

E o que isso significa? Que foca-se no bem-estar da criança e da família sem levar em consideração luxos e supérfluos que não precisam ser parte desse mundo da maternidade.

A começar pela gestação e estendendo-se pela vida da criança, desde suas festas de aniversário, brinquedos e decoração de seu quarto.

Quando uma mulher se descobre grávida, o segundo pensamento (porque o primeiro é geralmente de felicidade ou desespero ou os dois juntos) é uma preocupação com o rombo no orçamento doméstico que o filho poderá causar.

Os pais já começam a pensar na quantidade de coisas que terão que comprar para que seu filho tenha uma vida bacana, certo?

Pois alguns casais ponderaram sob o ponto de vista de uma criança (baseado em estudos de pedagogos, psicólogos, pediatras e outros pesquisadores) em que consistiriam as necessidades dessa criança e o que é exagero.

A princípio a fim de ser econômico e até ecológico, mas no final a motivação principal é a mesma do início: o bem-estar da criança.

O primeiro impulso da maioria das mulheres ao se descobrir grávida é comprar enxoval e decorar o quartinho do bebê. Pois bem, depois de nascida a criança muitas notam que grande parte das coisas adquiridas nessa fase se mostra desnecessária.

Um enxoval básico, minimalista, deve conter roupas (tanto para frio, como para calor, independente da época do ano, já que o aquecimento global tratou de deixar o clima maluco), panos para enrolar o bebe ou limpá-lo, algum oleo vegetal sem perfume para massagens, fraldas e só.

Partindo do princípio que amamentar no peito é mais minimalista que dar mamadeira (além das outras razões óbvias de saúde), vc não precisa comprar de antimão mamadeiras, chupetas, bicos, latas de formula lactea, etc. Se houver a necessidade algum dia disso tudo, sempre tem uma farmacia 24 horas em algum lugar! Do contrario, dá pra esperar a manhã seguinte pra comprar, enquanto isso vc aproveita pra insistir na amamentação, liga pruma consultora ou enfermeira pra te ajudarem a identificar o que pode estar causando algum problema.

Usar fraldas de pano também é encômico, ecológico e minimalista, considerando que você vai comprar umas 30 fraldas na sua vida para todos os filhos que vc vier a ter desde recém-nascidos até o desfralde. Apesar de terem mulheres que não se adaptam a rotina de lavagem das fraldas, o que torna tudo um pouco mais complicado, nesse caso as fraldas descartaveis são a única opção mesmo.

Os carregadores ergonômicos de bebes são minimalistas, pq são mais baratos e ocupam pouquíssimo espaço. Além disso priorizam o contato da mãe com o bebê e facilitam a amamentação. É claro que você pode ter um carrinho também, se não se adaptar a usar o carregador, mas seu bebê vai querer colo de qualquer jeito e você provavelmente acabará empurrando o carrinho com suas bolsas dentro com uma mão só, enquanto segura o bebê no colo com a outra.

Essas atitudes minimalistas servem para nos fazer refletir a real necessidade da maioria dos produtos para mães e bebês comercializados hoje em dia. No próximo post daremos seguimento ao assunto...

Um comentário:

  1. Mari, adorei!
    e quero adicionar aí que, fora a pressão da indústria, tem tb a pressão das pessoas. Nego vira e mexe chega aqui, nas festas da Aurora ou em qlqr lugar que eu tenha que fazer, e acha que a gente é pobre, mão-de-vaca e que não quer gastar dinheiro com a nossa filha. É muito difícil pra algumas pessoas entenderem que o tipo de menssagem e valores que a gente quer passar pras nossas crias é outro!

    beijocas,
    Aretha
    www.oquehadeerrado.blogspot.com

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